sábado, 23 de janeiro de 2010

OS OLHOS DELA


Seus olhos são duas pedras
De brilho paralisante
Deviam ficar guardados
Como ficam os diamantes
Seu brilho é tão fulminante
Minhas pernas bambearam
As batidas aumentaram
Fiquei sem fala na hora
Ela já tinha ido embora
Eu ali desconsolado
Por causa de um olhado
Que aquela moça me deu
Ela desapareceu
Com seu olhar de quebrante
Só me vi por um instante
Na retina reluzente
Procurei na minha mente
Um brilho pra comparar
Das estrelas, nem pensar
Da lua cheia talvez
Mas, nunca o brilho que fez
Se repete novamente
Agora vivo silente
Procurando pela vida
A moça desconhecida
Qual rosto não pude ver
Quando começa a chover
Espero na tempestade
Seus raios de claridade
Acho que é a tal moça
Na água que forma poça
Vejo seu rosto na lua
É sonho que continua
A me fazer seu escravo
Eu que era homem bravo
Vivo agora de lamentos
Corre nos meus pensamentos
Noutro mundo procurar
Algo que possa matar
Esse mal daquele olhado
Ou então reencontrar
Aqueles olhos malvados
Por fim morrer fulminado
Nos raios daquele olhar!!!

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