domingo, 4 de setembro de 2011

TOMBADA DE CARINHO


Vestida de azul e branco
Manto de Nossa Senhora
Oi de casa oi de fora
Toda hora tem um frete
Criou família de sete
No rodado da rodeira
Nos tocos da capoeira
Na lama dos alagados
Se espojou nos salgados
No cheiro de muçambê
II
Já desbotou de chover
Sozinha no atoleiro
Gemido de fumaceiro
A consumir suas rodas
Foi amarrada de cordas
Puxada pelo focinho
No outro dia cedinho
Tava de pano passado
Na sombra dos adulado
Tratada no polimento
III
Já vem outro fretamento
La se vai outra corrida
Gente chora na partida
Com a vida separada
Só chega de madrugada
Muito fora do horário
Foi levar o seu vigário
Na novena da capela
E ficou de sentinela
Esperando o Sacramento
IV
Hoje por merecimento
Pelos serviços prestados
É patrimônio tombado
Por toda comunidade
A Rainha da cidade
Balzaquiana Senhora
Solenemente pastora
A Radio Paroquial
Prefeito cara legal
Qualquer dia lhe decreta
E torna Municipal
Nossa RURAL DO BURETA!!!

2 comentários:

  1. Olá Orestes amei os versos em homenagem a rural do Bureta, já conhecia um pouco da história, mas agoraestará em nossas memórias.
    Parabéns!
    Abraços, Cris e Alque!

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  2. Muito bom! Quem, em Cruz, nunca andou nessa rural? Bjs

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