terça-feira, 26 de julho de 2011

ÚLTIMO REPENTE


Velho Zeca meu Poeta
Meu peito é cova de dor
A gente não combinou
Poema de despedida
Essa coisa tão doída
Carregada de tristeza
Minha rima está presa
Entalada na goela
Hoje fizeste banguela
A boca da poesia
Apeou da montaria
Amarrou o seu cavalo
O corpo cheio de calos
Calos de sabedoria
Todo mundo vai um dia
Quando chega sua hora
Meu poeta vai embora
Deixando a casa vazia
Dona rita bem queria
Envelhecer do teu lado
E não te ver sepultado
Numa cova de cimento
Que toma de sentimento
O peito dos filhos teus
Lamento de cicatriz
Repousa nos olhos meus
Descansa na paz de Deus
Meu velho Zeca Muniz !!!

2 comentários:

  1. Meu Grande Amigo Orestes, parabens por mais esta obra, mesmo não sendo um momento tão feliz para compor. Eu compartilho com vc esta dor. Um abraço poeta!!!!!!!!!!!

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  2. Linda homenagem ao velho Zeca! Ele era por mim muito estimado. Abraços!

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