Meu velho que bem te quero
No teu braço me criei
Se fui ingrata não sei
Só tu me podes dizer
Tens ainda por fazer
Não sei de ti a metade
Te empresto minha idade
Tu me dá o teu saber
Venho aqui te devolver
Um punhado do carinho
Que no tempo de menina
Tu derramastes em mim
Pra te tornar imortal
Te fazer de catedral
Meu amor meu horizonte
Onde matei minha sede
Minha casa de parede
A semente do plantio
De suave correnteza
Bebi a delicadeza
Das tuas águas serenas
Me abriguei na tua asa
E na fundura mais rasa
Tu me davas de beber
De todo meu bem-querer
E se um dia eu renascer
Há de ser na tua casa!!!