Diz o dito popular
Com toda sabedoria
Que o tempo não espera
Que a morte vem um dia
Que a vida não tem pressa
Que a pressa pretendia
II
Cada coisa no seu tempo
Como um dia atrás do outro
Amor se paga com beijo
Do outro lado do rosto
III
Terás um dia de muito
Comendo de grão em grão
Se pensares duas vezes
Na força da união
IV
De moeda em moeda
Minha fortuna se fez
Prato frio de vingança
No enterro da Inês
V
Antes tarde do que nunca
Quem espera sempre ganha
Jacaré nada de costas
No reduto da piranha
VI
Nem tudo que brilha é ouro
Já dizia o garimpeiro
Só se conhece o amigo
Se pedir algum dinheiro
VII
O gato vai na caçada
Quando o homem não tem cão
Andorinha operária
Numa noite de verão
VIII
Não conte com a galinha
Ela pode não ter ovo
As aparências enganam
Sabedoria do povo
IX
Quem dá risada primeiro
Sabe que do chão não passa
Quem sorrir por derradeiro
Vai cair achando graça
X
Água mole quando bate
Pedra dura desconfia
A esmola é roubada
O santo que não sabia
XI
Quem tem boca não atira
No telhado do vizinho
Vai à Roma de carona
Na pedra que vem caindo
XII
Mais vale gato escaldado
Que pombo na água fria
Um passarinho na mão
Era tudo que eu queria
XIII
Quem faz a cama se deita
Não há bem que não acabe
Quem semeia ventania
Vai morrer na tempestade
XIV
Papagaio é famoso
Por causa do periquito
A boiada se espalha
Pela falta de um grito
XV
Pior do que vara curta
É levar a cutucada
Até a mosca prefere
Onça de boca fechada
XVI
O gato na noite escura
Não revela com quem anda
Parece terra de cego
Quem tem um olho que manda
XVII
Se vive desprevenido
Não adianta chorar
O leite foi derramado
Difícil remediar
XVIII
Macaco caiu do galho
Dormindo que nem preguiça
Cachorro foi enforcado
Amarrado na lingüiça
XIX
Na casa que tem milagre
O santo não mora nela
Milagre só no vizinho
Qual tempero de panela
XX
Quem desdenha da desgraça
Compra a bobagem que quer
O ferreiro faz em casa
O espeto que quiser
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
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